Uma das principais
diferenças entre um hipertexto e um texto tradicional é que, enquanto o
primeiro já nasce idealizado e estruturado para uma leitura não sequencial, ou
seja, não linear, o segundo é elaborado visando, na maioria das vezes, a uma
leitura linear. Sendo assim, é o próprio leitor quem escolherá a ordem da
leitura. A outra diferença entre esses dois modos de apresentação textual é
que, o hipertexto, diferente do texto tradicional (ou linear), apresenta dentro
de seu corpo certas palavras que, ao serem clicadas com o mouse, remetem o
leitor a outros textos, formando assim uma rede de informações. Logicamente, o
leitor deverá ligar essa rede de informações de forma coerente para que seu
conteúdo faça sentido. Caso isso não ocorra, a compreensão do texto ficará
comprometida.
Para que o leitor navegue
nos diferentes nós (ou links) de informações de forma que haja coerência na
leitura, ele deve conectar as informações previamente lidas com aquelas que
estão sendo processadas no momento. Para tal, ele usa sua memória de trabalho.
Memória de trabalho é aquela utilizada para o processamento imediato ou on
line; por exemplo, quando há a necessidade de memorizar um número de telefone
enquanto procuramos uma caneta para registrar a informação no papel essa
memória entra em cena.
Atualmente alguns exames
exigidos pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) para bolsistas estudarem em universidades
estrangeiras, já estão sendo feitos em formato
de hipertexto. Os hipertextos também estão, cada vez mais, sendo empregados em
ensino à distância. Portanto, tornou-se crucial investigar se o desempenho dos
alunos/candidatos estaria relacionado apenas ao seu conhecimento ou se a forma de
apresentação do texto poderia interferir, de alguma maneira, nos resultados
obtidos.
Pesquisas comparando
essas duas formas de leitura e conduzidas em diversos países não foram, até o
presente momento, unânimes em suas conclusões. Ou seja, enquanto alguns
experimentos apontam para o fato de haver diferença na compreensão da leitura
de textos tradicionais X hipertextos, outras sinalizam para o fato da mesma ser
semelhante, independente do formato de apresentação do texto.
O uso do hipertexto como
material pedagógico deve ser cuidadosamente planejado e elaborado. Uma boa
elaboração consiste em deixar claro, para o leitor, quais os melhores caminhos
a serem percorridos e quais as melhores conexões a serem efetuadas. Quanto mais
atalhos e mais estímulos existirem no hipertexto mais complexa será a sua
compreensão pois, como em qualquer forma de navegação, a navegação em um
hipertexto exige o desenvolvimento de um mapa mental com as informações nele
contidas. Esse processo está diretamente ligado à capacidade de aprendizado e
esta por sua vez está diretamente ligada ao nível do entendimento atingido.
Fonte: Informativo UEM
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